segunda-feira, 10 de junho de 2013

Equipe do Jornal Hoje, em 1973

Equipe do "Jornal Hoje", em 1973: Márcia Mendes, Big Boy, Marisa Raja Gabaglia e Scarlet Moon
Foto de Fernando Rabello/ Acerto Ag. O Globo

Praia de Copacabana

Leila Diniz na Praia de Ipanema - 1971

terça-feira, 21 de junho de 2011

Fernanda Montenegro grava como A Dama do Encantado



Fernanda Montenegro, ontem, na Av. Atlântica, estava gravando cenas do curta "A Dama do Encantado".


Wilza Carla, um adeus!







A atriz Wilza Carla morreu, aos 75 anos, no último sábado (18/06). Conforme consta do Blog Artistas Inesquecíveis da TV!:











"Em seus últimos anos de vida, Wilza sonhava com uma só coisa: ser reconhecida e amada pelo público, como foi um dia, num passado já distante.


O corpo da vedete foi enterrado na manhã desta terça (21/06), no Cemitério do Caju".






segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Astro voltará como minissérie na Globo

A novela O Astro, de Janete Clair, vai voltar em julho como minissérie e terá apenas 60 capítulos. Quem viu, poderá rever e críticar, mas para quem não assistiu, será uma boa oportunidade de ver um texto da grande escritora brasileira, chamada por Drummond de Usineira de Sonhos.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Lilian Lemmertz uma atriz inesquecível


A atriz Lilian Lemmertz sempre será lembrada pelo seu talento no teatro, no cinema e na televisão.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

SUPER-HOMEM - A série de televisão


No Brasil, no final da década de 50 e inicio da década de 60, a criançada se divertia com seus heróis. Nós não sabíamos qual era o melhor herói. Super-Homem ou Batman?
Nós não sabíamos qual era o melhor herói. Super-Homem ou Batman?
Batman era noturno, o Super-Homem era solar. Enquanto um usava o negro, o outro vestia a cor.

No entanto, não resistíamos a nenhum dos dois. Quando aparecia a chamada: “É um pássaro? É um avião? Não é o super homem”.

A série durou de 1953 a 1957. Foi uma criação de Jerry Siegel, com 104 episódios, ela mostrava a mesma história dos quadrinhos, como o Super-Homem veio parar em nosso planeta e se tornou um dos defensores das causas justas.

Para aqueles que não sabem tudo começa quando o planeta Kripton foi destruído por uma explosão. Um bebê, que seria mais tarde o Super-Homem, foi enviado a Terra por seus pais antes da explosão. O bebê, em uma nave, cai na cidade de Smallville, onde foi encontrado por um casal, Sara e Eben Kent que o batizam de Clark Kent e o criaram como seu filho.

Clark (George Reeves), na medida em que cresce, percebe que tem super-poderes e mantém isso em segredo e aos poucos percebe que pode usar este dom para ajudar os humanos e a Terra.

Ele sempre teve uma personalidade pacata, gentil e tímida. Já adulto, se formou em jornalismo, e se mudou para a Metrópole e onde foi trabalhar no maior jornal da cidade, o “Planeta Diário”. Lá conheceu pessoas que se tornaram importantes em sua história.

Seu chefe no jornal, o amigo estressado Perry White (John Hamilton), o jovem fotógrafo Jimmy Olsen (Jack Larson), o empresário Lex Luthor (que viria a ser seu maior inimigo) e Lois Lane (Phyllis Coates/1º ano; Noel Neil - demais anos), a intrépida repórter que foi a primeira pessoa a chamar o herói de Super-Homem.

E, nesse ambiente, começaram suas aventuras. Clark Kent sempre foi educado dentro da “moral e bons costumes” e tinha um grande senso de justiça. Depois que descobriu suas habilidades, decidiu usá-las para ajudar os mais fracos. Com o tecido encontrado na nave, sua mãe adotiva, Martha Kent, fez para Clark um uniforme. O tecido kriptoniano é especial e muito resistente. Clark estava sempre com o uniforme por baixo da roupa e muitas vezes utilizou cabines telefônicas para se trocar. Porém, nunca usou máscaras para ocultar seu rosto. Quando está como Super-Homem, deixa seu rosto à mostra. Quando faz uso de sua identidade secreta, o repórter Clark Kent, usa apenas um par de óculos e, curiosamente, ninguém o reconhece dessa forma! Esse detalhe é sempre satirizado por vários autores, que brincam com o fato de ninguém enxergar que o Super-Homem é Clark Kent sem óculos.

Curiosidades:

Nos anos 40, Superman teve cerca de 17 desenhos animados para o cinema, feito pelos estúdios Max Fleischer.
Talvez seja o primeiro super-herói adaptado para o meio.

Em 1948, o Super-Homem estrelou um seriado para cinema, interpretado por Kirk Alyn.

Entre 1952 e 1957, havia um seriado de televisão, estrelado por George Reeves, que só terminou com a morte dele.

Entre 1966 a 69, o Superman teve seu próprio desenho animado pela Filmation, “The New Adventures of Superman”.

De 1973 a 1984, o desenho animado Superamigos mostrava Superman como membro efetivo do grupo.

Em 1978, foi lançado “Superman - O filme”, estrelado por Christopher Reeve. Fez muito sucesso, e teve quatro continuações, "Superman II", em 1980, "Superman III", em 1983, "Superman IV", em 1987 e "Superman, o retorno", em 2006, estrelado por Brandon Routh e dirigido por Bryan Singer.

Afinal, qual foi o nosso herói preferido: Super-Homem ou Batman?

domingo, 26 de abril de 2009

BATMAN - A série de televisão


Na década de 60, todas as crianças queriam assistir ao seu herói preferido: Batman. Nós queríamos ver, quando ele desceria até a Batcaverna, entrariam no Batmóvel, acompanhado do inseparável Robin, para combater o crime em Gotham City.

De 1966 a 1968, a série estrelada por Adam West, como Batman e Burt Ward, como Robin, foi um sucesso.

Esse super-herói, personagem de histórias em quadrinhos publicadas pela editora norte-america DC Comics, cuja primeira aparição alguns acreditaram ter sido em desenhos de Frank Foster, 1932, e que foi publicada posteriormente na revista “Detective Comics”, em 1939.

Mais tarde, junto ao “Superman” (também da DC Comics) e “Homem-Aranha” (da Marvel Comics), Batman se tornaria um dos mais conhecidos super-heróis do mundo.

Porém, com o passar dos anos, a origem de Batman e o tom das histórias sofreram diversas revisões. Uniformes, parceiros e até a própria personalidade do Batman sofreram mudanças drásticas; outros, como a morte de seus pais e sua busca por justiça, ficaram intactos.

Constante em todas as versões do Homem-Morcego, Batman era o alter-ego de Bruce Wayne, o milionário ou bilionário (dependendo da época), playboy, empresário e filantropo que optou por combater o crime em Gotham City após o assassinato de seus pais, do médico Thomas Wayne e de sua esposa Martha Wayne. Bruce Wayne criou o Batman para causar medo no submundo de Gotham e para defender os inocentes. O uniforme e a maneira como agia quando o usava tinham o objetivo de intimidar seus adversários.

Enquanto Bruce Wayne era despreocupado e irresponsável, Batman era frio, determinado e implacável. Além do uniforme e da personalidade, Bruce Wayne também alterava sua voz significativamente quando se torna Batman, tanto para disfarçar como para intimidar. Na verdade, Batman era a personalidade real na mente de Bruce Wayne. Em alguns momentos isso ficou bem claro. Em uma história em quadrinho, Alfred pediu para que ele tirasse a máscara para ficar mais a vontade, Batman retrucou: "Às vezes eu fico mais confortável de máscara".


Num episódio de Batman do futuro, ficou claro que ele mesmo quando pensava a sua subconsciência o chama de Batman. Mostrando que Batman que era a verdadeira personalidade e Bruce Wayne apenas uma fantasia.

Batman costuma atuar apenas pela noite (e não durante o dia, como no seriado dos anos 1960), imitando os hábitos dos morcegos. Em histórias mais recentes, surgiu a idéia de Batman como uma lenda urbana.

Seus aliados eram: Alfred, o mordomo, sem dúvida o mais importante aliado do Batman, parecendo, às vezes, ser o Batman do Batman. Parece haver alguma ligação do mordomo dos Wayne com a Scotland Yard, e às vezes Alfred dá algumas dicas subliminarmente para o Batman ou a dupla dinâmica. Alfred ainda tem formação em medicina de guerra, sendo extremamente útil para o Cruzado Encapuzado quando se fere. Alfred também fez teatro na Inglaterra e consegue imitar a voz de Bruce Wayne, que em algumas vezes foi muito útil para criar um álibi ao herói.

O parceirinho do nosso herói era o Robin, o menino prodígio (Robin é apenas um menino), é o parceiro oficial do Batman. Não podemos esquecer o Comissário Gordon, maior aliado de Batman na luta contra o crime em Gotham, acionando o Batsinal sempre que julga necessária a ajuda do Homem-Morcego; Barbara Gordon, filha do Comissário, apareceu primeiro como Batgirl, mas perdeu os movimentos das pernas depois de levar um tiro dado pelo Coringa em “A piada mortal” e agora ajudava os heróis como a hacker de computadores conhecida como Oráculo (Oracle); e Lucius Fox, que trabalha como diretor das Empresas Wayne e cuida de tudo no lugar de Bruce, deixando-lhe maior tempo livre para o combate ao crime.

Há ainda muitos outros nomes, como Cassandra Cain, a nova Batgirl; Jean-Paul Valley, conhecido por Azrael, que substituiu Bruce durante sua recuperação na saga “Queda do morcego”; entre muitos outros nomes.

Já os vilões, ficaram mais famosos dos que os aliados, pois quem viu, não esquece do Coringa, o palhaço louco, assassino e psicótico; a sensual Selina Kyle, a Mulher-Gato; Oswald Chesterfield Cobblepot, o Pinguim; o ex-promotor Harvey Dent, conhecido como Duas-Caras; o terrível Edward Nigma, o Charada.


Batman do seriado, foi um grande sucesso, pois marcou uma geração inteira.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

20 Anos sem Yara Amaral



Paulo Senna


Há 20 anos, o Brasil perdia num trágico acidente de Iate, aos 52 anos de idade, a atriz Yara Amaral, uma das maiores atrizes brasileira, no auge de sua carreira.

É muito difícil quando se vai escrever, apesar de ser uma obrigação de todos os jornalistas, separar o racional do emocional, principalmente, quando se conheceu a pessoa, como neste caso.

Eu estava saindo da praia do Arpoador no dia 1 de janeiro de 1989, quando um amigo chegou trazendo o jornal com a triste notícia do jornal:

“A grande atriz de teatro e TV Yara Amaral, que tinha acabado de gravar as suas últimas cenas da novela Fera Radical, na Rede Globo, teve um desfecho trágico neste réveillon, no Rio de Janeiro. O barco Bateau Mouche IV afundou na Baía de Guanabara quando se dirigia com um grupo de turistas para assistir do alto mar o espetáculo da queima de fogos na praia de Copacabana. O barco não tinha condições mínimas de segurança para navegar com a quantidade de pessoas que levava, muito menos numa noite de mar agitado e violento”.

Eu ainda ponderei, mas há sobreviventes, pode ser que ela seja um. Afinal, ela gostava de ver o mar, mas tinha medo dele. Então, pode ter desistido de embarque no barco.

Mas meu amigo foi enfático, acabo de ver no telejornal da Globo e o corpo já foi encontrado. O velório será no hall do Teatro dos Quatro. Ironia, ela estava em cartaz neste Teatro com a pela Filomena

Marturano, que assisti quatro vezes. Então, ao chegar ao Teatro, vi escrito “Yara Amaral em Filomena Marturano”, mas no hall, coberta de flores, a atriz fazia sua última cena. Desculpem, por estar falando de um assunto tão triste, mas é preciso lembrar.

Agora, vamos falar de seus trabalhos.

Yara Amaral começou sua carreira em São Paulo, em 1962. No mesmo ano, entrou para a Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD), onde se forma em 1965, quando estreou profissionalmente na peça “Hedda Gabler”, de Ibsen.

Em 1966, passou pelo Teatro de Arena onde, interpretando um pequeno papel em “O Inspetor Geral”, de Gogol, é aplaudida em cena aberta.

Mudando-se para o Rio de Janeiro, participa do Grêmio Dramático Brasileiro, de Aderbal Freire Filho, destacando-se na peça “Réveillon”, de Flávio Márcio, 1974.

No mesmo ano, protagoniza outro ambicioso espetáculo experimental, “Avatar”, de Paulo Afonso Grisolli, dirigido por Luiz Carlos Ripper.

Pelo conjunto desses dois trabalhos ganha seu primeiro Prêmio Molière.

Contracena com Fernanda Montenegro em “A Mais Sólida Mansão”, de Eugene O'Neill, em 1976; e tem expressivo desempenho em “Os Filhos de Kennedy”, em 1977.

No ano seguinte, participa do elenco de “Os Veranistas”, de Gorki, espetáculo inaugural do Teatro dos Quatro.

Ganha seu segundo Prêmio Molière protagonizando uma comédia inconseqüente, “Eu Posso?”, de Reinaldo Loy (1982).

Em 1983, volta ao Teatro dos Quatro, para fazer Goneril na montagem de “Rei Lear”, de William Shakespeare, dirigida por Celso Nunes. Desde então se torna atriz convidada permanente do Teatro dos Quatro, onde fez um trabalho por ano, sempre em papéis de peso: “Assim É... (Se Lhe Parece)”, de Luigi Pirandello (1984); “Sábado, Domingo e Segunda”, de Eduardo de Filippo (1986), um desempenho comovente, premiado com o seu terceiro Molière; o monólogo “Imaculada”, de Franco Scaglia (1986); “Cerimônia do Adeus”, de Mauro Rasi (1987); e o papel-título em “Filomena Marturano”, de Eduardo De Filippo (1988), que foi sua última peça.

Yara atuou, também, em papéis de destaque em várias telenovelas, como “A pequena órfã” (Excelsior), “E nós, aonde vamos?” (Tupi), "Dancin Days", "O amor é nosso", "Sol de verão", "Guerra dos sexos", "Um sonho a mais", "Cambalacho", "Anos dourados" e "Fera radical", sua última novela.

No cinema estreou em 1975 com "O rei da noite" de Hector Babenco e fez outros filmes importantes como "A Dama do lotação", "Mulher objeto" e "Leila Diniz".

Foi casada com Luís Fernando Goulart e deixou dois filhos, Bernardo e João Mário. Os culpados pelo acidentes foram punidos e indenizaram os familiares ou fugiram para outro país?

Leia matéria do jornal O Globo, de hoje: "Considerado o exemplo mais emblemático da fragilidade do sistema judiciário brasileiro, o naufrágio do Bateau Mouche IV completa 20 anos dia 31 de dezembro, sem que nenhum dos acusados tenha cumprido pena nos dois processos penais resultantes da tragédia que matou 55 pessoas.

Nem a ação criminal movido pelo Ministério Público Federal - que condenou, em 2002, seis empresários por crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica e falsificação de documentos a 18 anos e quatro meses de prisão e a ressarcir aos cofres públicos, mas de R$ 4 milhões - teve qualquer efeito prático: de dez réus inicialmente acusados, quatro tiveram as penas prescritas antes do julgamento e dois estão foragidos. Outros quatros réus aguardam em liberdade o julgamento de recurso pelo pleno do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2 Região, deverá acontecer em 2009. Nenhum centavo foi recolhido à Receita Federal. Dos mais de 80 processos de indenização a vítimas e familiares apenas um chegou ao fim e quem pagou a conta foi a União”.

Gente, vamos lembrar-nos das coisas importantes. Mesmo que elas sejam tristes, para que episódios como esses não se repitam.

O crítico teatral Yan Michalski avaliou seu trabalho, depois da morte da atriz: "A carreira de Yara Amaral foi, como poucas, a de uma batalhadora que, por um lado, esteve sempre disposta a lutar pelos interesses do teatro em várias frentes; e, por outro, no seu ofício de atriz foi construindo obstinadamente um instrumental cada vez mais sólido. Na reta final da sua trajetória encontrou, nas mammas italianas, um filão interpretativo particularmente condizente com o seu temperamento, sem por isso limitar seu talento a um tipo estratificado. O fato de ter sido, nessa época, uma das poucas atrizes a ser seguidamente convidada para papéis de protagonista sem ser dona ou sócia de uma companhia atesta bem o prestígio de que gozava no meio".

Pois é, 20 Anos sem Yara Amaral. Que saudade. Mas a vida continua...

Obrigado a todos os leitores do meu Blog Nostalgia que me honrraram com seus comentário, críticas e sugestões.

Feliz 2009!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Luiz Paulo Horta - Um Imortal na redação de O Globo


Um imortal entre nós - Publica no Intranet, de circulação interna, para a redação de O Globo

"Recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras, Luiz Paulo Horta fala de seus projetos e preferências culturais

Orgulho para músicos, jornalistas e, claro, para os funcionários da INFOGLOBO, o crítico musical do GLOBO Luiz Paulo Horta é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Depois de se emocionar com o resultado da eleição secreta que lhe rendeu a cadeira de número 23 da instituição, ele conta um pouco do início da carreira em Comunicação e do projeto de um livro sobre a Bíblia.

Pingue-pongue com Luiz Paulo Horta

Nome completo: Luiz Paulo de Alencar Parreiras Horta.
Idade: 65 anos.
Tempo de trabalho na INFOGLOBO: 18 anos.
Bairro onde nasceu: Botafogo.
Prato favorito: Cozido.
Time de futebol: Eu era Flamengo ...
Livro que está lendo no momento: “Os Irmãos Karamazov”.
CD que está ouvindo no momento: “Cantatas de Bach”.

Nome dos filhos e netos: Ana Magdalena, José Maurício e Ana Clara (filhos). Rosa Marina, Gabriel, Juliano, Arthur (netos).

Formação: Cursos de música nos Seminários de Música Pró Arte. Quando eu comecei a fazer jornalismo, a faculdade ainda não era obrigatória.

Livros publicados: “Caderno de Música”, “Dicionário de Música Zahar”, “Guia da Música Clássica em CD”, “Sete noites com os clássicos”, “Villa-Lobos, uma Introdução” e “Dicionário Grove de Música” (organização da edição brasileira, com Luiz Paulo Sampaio).

Como se sente sendo o primeiro integrante da ABL diretamente ligado à música?

- É ótimo ser a primeira pessoa ligada à música que atravessa as portas da Academia. É um sinal de valorização da nossa atividade (eu me considero músico, além de jornalista).

Depois de estudar piano e teoria musical, como foi sua trajetória até se tornar crítico de música em um jornal? O que o atraiu para o jornalismo?

- Comecei a fazer jornal por acaso, no extinto Correio da Manhã. Eu tinha 20 anos. Deu certo, fui ficando, e agora já entrou na veia.

No ano em que se comemora o centenário da morte de Machado de Assis, ocupar a cadeira que já foi dele torna sua eleição ainda mais especial. Qual livro do autor mais marcou sua vida e por quê?

- Gosto de quase tudo que Machado escreveu, em especial "Dom Casmurro" e "Memorial de Aires".

Com que mestres da literatura e da música você gostaria de tomar o famoso “chá das cinco” da ABL e por quê?

- Seria um privilégio conhecer o próprio Machado de Assis. Acho que ele é um padrão de cultura brasileira, que merece a mais profunda atenção. Na música, gostaria muito de ter conhecido o lendário Villa-Lobos, que era uma figura mitológica – para mim, o mais brasileiro dos nossos gênios.

Você, que já é membro da Academia Brasileira de Arte e da Academia Brasileira de Música há alguns anos, tem alguma curiosidade sobre a ABL? Como espera contribuir com as atividades da casa, inclusive as culturais?

- A gente aprende aos poucos a melhor maneira de colaborar. Por enquanto, ainda estou aprendendo.

Qual a principal contribuição do jornalismo para a literatura contemporânea?

- Objetividade, timing, mão leve.

É verdade que você está preparando um livro sobre a Bíblia? Fale um pouco sobre este e outros projetos literários em andamento.

- É verdade, deve se chamar "Uma introdução à Bíblia". É resultado de um grupo de estudos que mantive por dez anos na minha casa, em que eu era uma espécie de monitor e departamento de pesquisa. Quando a gente se aprofunda nesse território, o efeito é extraordinário. Não é um livro: é um diálogo com o infinito. E continua a ser o livro-texto da nossa civilização. Gostaria de terminar o meu livrinho, despretensioso, até o final de 2009. Vamos ver se eu consigo.

domingo, 18 de maio de 2008

O dificíl adeus a Zélia Gattai



Zélia Gattai - Anarquistas, graças a Deus

”A escritora e acadêmica Zélia Gattai morreu ontem aos 91 anos, em Salvador. Memorialista, ela fez de sua vida ao lado de Jorge Amado parte importante de sua obra”. Diante desta triste notícia, publicada hoje no jornal O Globo, fica impossível escrever outra coisa que não seja sobre a inesquecível minissérie "Anarquistas, graças a Deus", que foi baseada no romance da escritora Zélia Gattai, exibida em nove capítulos, às 22h, pela Rede Globo em 1984.

A morte da escritora deixou o Brasil sem uma suas mais importantes memorialistas, num país de tão pouca memória. Seu último livro publicado foi "Vacina de Sapo", em 2005, que contava os três últimos anos de vida do casal, quando Jorge Amado já enfretava problemas de saúde. (Foto: Zélia e Jorge Amado em Salvador).


A minissérie foi adaptada por Walter George Durst e teve tratamento cênico do diretor Walter Avancini. Eram crônicas sobre o cotidiano da família Gattai, imigrantes italianos que vieram para o Brasil perseguindo o sonho da Colônia Santa Cecília, reduto anarquista, e que viveram em São Paulo, acompanhando o crescimento da cidade. Ernesto Gattai (Ney Latorraca) era o elemento chave deste núcleo. Assim como pai, ele mantinha inalterados certos princípios de igualdade e justiça. Ao seu lado, dona Angelina (Débora Duarte, em um dos melhores desempenhos de sua carreira), mulher forte e sensível que conseguia conviver com os sonhos do marido sem tirar os pés do chão. Lia Victor Hugo e Zola, mas também os folhetins de romances desvairados. Jogava no bicho e estava sempre atraída pelos enterros que passavam diante de sua porta. Pelo comportamento dos acompanhantes do caixão, já sabia se, depois do cemitério, ia ter festa. Aí, ela trocava de roupa e entrava no cortejo.

Eles foram importantes para a formação dos filhos, a caçula Zélia (Daniela Rodrigues, que era a narradora da história); o Bon vivam Remo (Marcos Frota); a bonita e voluntariosa Wanda (Christiane Rando); Vera - a preferida - (Lilian Zizzachero); e o artista da casa, Tito (Afonso Nigro).

Outro membro importante era o vovô Eugênio, o Nono (Gianni Ratto), uma pessoa com ampla, sofrida e sábia visão do mundo. Não era apenas a história de uma família, mas também um retrato paulista dos anos 10 e 20, quando transformações sociais, políticas e econômicas aconteceram. A série tinha sido programada inicialmente para as 18h, depois se pensou em recorrer a ela para substituir a novela “Sol de verão”, às 20h, após a morte do ator Jardel Filho, em 1983. Com um ano de espera acabou indo ao ar, como tapa-buraco: sua estréia foi antecipada porque não ficou pronta a atração anunciada, a minissérie "Meu destino é pecar". Quem assistiu sabe que valeu a pena esperar, pois o sucesso foi grande e inesquecivél.

Um adeus carinhoso a inesquecível Zélia Gattai.

O abandono do Rio de Janeiro


Numa matéria publicada no jornal O Globo, de sábado (17/05), tinha a seguinte manchete: TRANSPORTE PARA LONGE DO PERIGO".
É que para evitar assaltos a passageiros de ônibus, a lei autorizou embarque e desembarque fora do ponto. Numa boxe, na mesma matéria, intitulado "Opinião", está toda a verdade e a monstruosidade nas grande cidades, leia: "A desativação noturna dos pardais eletrônicos, supostamente para evitar assaltos a motoristas, não sinaliza para o essencial da questão: a incapacidade do poder público de garantir a segurança do cidadão 24 horas por dia.
Dote-se o Estado, portanto, de um política que reduza a criminalidade e deixe-se os limitadores de velocidade cumprir sua importante função no sistema viário. De quebra, as autoridades terão ampliado os níveis de segurança para todos os cidadãos, e não apenas para os motorizados; e evitando que os índices de acidentes provocados por excesso de velocidade sejam ainda mais inchados
".

Não sair mais nas ruas à noite, por medo, não andar mais a pé, por medo, não pegar mais ônibus, por medo, que cidade é esta que estamos vivendo.

Devemos, sim, como cidadãos que somos marcar nossas presenças em todos os lugares, pois se nos afastamos estaremos fortalecendo aos bandidos. A área é para todos, não devemos deixar que o MEDO abra espaço para esses bandidos.

sábado, 15 de março de 2008

Teto desaba em emergência do Souza Aguiar

Matéria publicada, hoje, na Coluna de Ancelmo Góis, de O GLOBO.

"Parte do teto do primeiro andar da NOVA emergência do Hospital Souza Aguiar desabou à tarde. As áreas afetadas foram a sala da coordenação da emergência e da oftalmologia, onde estavam internados 50 pacientes, que foram transferidos para outros andares. A nova emergência, que custou R$ 8 milhões, começou a funcionar em novembro, mas, em dezembro, teve que ser fechada por causa de problemas no sistema de ar-condicionado. A Secretaria municipal de Saúde informou que o problema de ontem foi causado por um entupimento no ralo".

Será que a Cidade da Música também vai ter ralo entupido?

Frase da Semana

"Trabalhar? Impossível para mim trabalhar. Simplesmente não tenho tempo".

Frase de Porfírio Rubirosa que consta do saboroso livro que será lançado no final do mês de maio, pela Editora Record: "O último playboy - A vida louca de Porfírio Rubirosa".

domingo, 2 de março de 2008

Frase da Semana

Numa entrevista, o reporter Zean Bravo, de O Globo, perguntou a jornalista e atriz Marília Gabriela: - Você concorda com a teoria do Raul Seixas de que "quem não é burro sofre mais"?

Marília: "Se você não for arrogante, possivelmente vai sofrer mais".


arrogância
[Do lat. arrogantia.]
Substantivo feminino.
1.Orgulho que se manifesta por atitudes altivas e desdenhosas; soberba.
2.Insolência, atrevimento. [Sin. ger., desus.: arrogo.]

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

"Duas Caras - De Aguinaldo Silva


Aguinaldo Silva é um autor de muito respeito e credibilidade. As vezes, no início de uma nova novela, comentamos "mas tá muito chato". Porém, com "Duas Caras" não dá para dizer isso.

O autor usou o ingrediente certo na novela. Nada de mostrar caras bonitinhas nos primeiros capítulos, muito pelo contrário. Encheu todas as cenas de grandes talentos do nosso teatro, cinema e televisão.

É com grande prazer que vemos Antônio Fagundes fazer o seu Juvenal Antena. É maravilhoso ver Marília Pêra, como Gioconda, crescendo o seu personagem a cada capítulo. Ver a explosão de seu humor. Gioconda encontrou em Guida Vianna uma parceira que promete muito.

Ver o casal Otávio Augusto e Renata Sorrah. Eles estão dando show de interpretação. Ainda por cima, o pai do personagem da atriz está sendo vivido pelo maravilhoso Sérgio Viotti (foto). A cena de hoje, com este ator era puro teatro. Bravos!

A Grande Família - Sem Marco Nanini não tem graça


O ator Marco Nanini terá que ficar fora do ar durante um mês, pois passou por uma cirurgia, mas o que não dá é para aqüentar "A Grande Família", sem o Lineu. Acho que deveriam tirar o programa do ar durante sua ausência. Aliás, ele e a Nenê, da Marieta Severa, não podem faltar nos episódios. Ter que ter paciência para aturar Pedro Cardoso, como Agostinho, ainda mais protagonizado alguma coisa

sábado, 8 de setembro de 2007

Frases da Semana

"O coração é meu e pode sofrer, mas o meu rosto é das circunstâncias e pode sorrir" (provérbio chinês).

"Quando nasceste, todos sorriram e só tu choravas. Viva de tal maneira que, quando morreres, todos chorem e só tu SORRIAS." (Victor Hugo).

"Se o estupro for inevitável, relaxa e goza". (Millôr Fernandes).

"Esse é um país tão maravilhoso que é o único em que as putas gozam" (Sérgio Porto).

"Não sou gregário, prezo muito minha solidão". (Clarice Lispector).

"- Isto me parece meio arriscado, Bebel.
- Arriscado me bem é subir pelas paredes e depois levar tombo". (Bebel na novela Paraíso Tropical, de Gilberto Braga).

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

20 anos Sem Drummond



Mãos dadas

"Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente". Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Superficialidade do Mundo Moderno

É irritante a mania moderna de julgar pelas aparências. Não se aprofundam em nada. São lidas apenas as primeiras linhas de uma matéria de jornal ou revista e são feitos comentários absurdos. Nos casos dos livros, a coisa é ainda mais séria. Apenas a orelha dos livros são lidos e, o "leitor", sai dizendo que o livro é uma droga. "Não vemos, apenas olhamos". Isto é péssimo!